sábado, 14 de março de 2009

EFÊMERO...

(de pouca duração; passageiro; transitório)
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Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranquilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos.
Cuidamos pouco de nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos o suficiente.
Cobramos dos outros, da vida, de nós mesmos. Nos consumimos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença!
E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos.
Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás.
E então nos perguntamos: e agora?
Agora, HOJE, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás.
O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltarmo-nos para Deus e agradecer pela vida, que, mesmo efêmera, ainda está em nós.
Pense!...
Não o perca mais!...

“O que somos é um presente que a vida nos dá... O que nós seremos é um presente que daremos à vida.”

(Herbert de Souza)